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Polo Tecnológico quer 1,5% da arrecadação do Município de Chapecó

Na intenção de fortificar o mercado da tecnologia em Chapecó, a ...

Notícia
04/07/2013 00:00
Deatec, deatec@deatec.org.br

Na intenção de fortificar o mercado da tecnologia em Chapecó, a Associação Polo Tecnológico do Oeste de Santa Catarina (Deatec) busca apoio do poder do público para garantir segurança as empresas do ramo já instaladas e que pretendem se instalar no município.

Recentemente um projeto de lei encaminhado ao executivo pede para que 1,5% da receita do município (IPTU e ISS) seja utilizado para estimular projetos inovadores da área de tecnologia. Com isso, o presidente da entidade, Ernani Zottis, acredita que possa se dar um ‘suporte’ ao crescimento do mercado.

Conforme o projeto, que tem como base uma lei já existente em Florianópolis, o recurso repassado para o setor ficará a cargo de um conselho, composto pelo poder público, empresários e universidades.

A sua divisão irá ocorrer da seguinte forma: 70% dos recursos para projetos de inovação de micro e pequenas empresas; 10% para projetos de inclusão digital; 10% para instituições de ensino e outros 10% para custos administrativos do conselho.

Além disso, a Deatec solicita também o espaço de 100.000 m² para a construção de um Condomínio Tecnológico, que abrigará pelo menos 30 empresas do setor na cidade. Zottis explica que já existe a previsão de construção de um Parque Tecnológico junto a Unochapecó. Este, por falta de espaço, não oportuniza que empresas já fundadas possam ser instaladas.

O projeto do condomínio foi elaborado com base na necessidade de cada empresa do município que tinha interesse em se mudar. Como suporte as necessidades, ele contempla tanto espaço físico, quanto outros itens de infraestrutura, como creche, incubadora e sala de reuniões.

A estimativa da associação é que com a mudança, automaticamente 700 empregos sejam transferidos para o local. Como cada empresa tem estimativa de crescimento de 30% ao ano. Seguindo uma projeção aritmética, em cinco anos 1.050 novos empregos poderiam ser gerados no condomínio.

Necessidade

O empresário e diretor da Deatec, Francis Marcel Post, explica que hoje outros locais do país já oferecem subsídios para que o setor cresça, contudo há uma vontade em permanecer na cidade de Chapecó, mas para isso se faz necessário uma contrapartida do Poder Público.

Além disso, ele afirma que não houve uma divulgação do projeto de lei e da construção do condomínio, mas é possível que com sua divulgação outras empresas tenham a intenção de se mudar para a cidade.

Mercado

Se usarmos como base a cidade de Florianópolis, a área de Tecnologia da Informação é responsável pela maior parte da arrecadação da capital do Estado, seguido da construção civil e do turismo. Isso ocorre porque, além da expansão do mercado, o TI é uma indústria limpa: só cresce contratando pessoas, analisa a Deatec.

Apesar da falta de mão de obra que o setor ainda enfrenta na região Oeste, Zottis acredita que Chapecó possa oferecer oportunidades nos próximos anos. Isso porque existe uma grande leva de universidades que disponibilizam cursos na área. O Geração Tec, programa do Governo do Estado, também contribui para a formação de mão de obra.

Segundo a Deatec, o salario inicial de um profissional da área de tecnologia é de R$ 1.500,00 e a média salarial hoje na cidade gira na faixa de R$ 2.500,00. Atualmente 43 empresas realizam serviços na área de tecnologia e inovação na cidade.

Expectativa

Tanto Zottis quanto Post estão esperançosos pela aprovação do projeto de lei e da doação de terra. Por enquanto o mesmo se encontra em análise na prefeitura. Na sequência é necessário que o mesmo seja aprovado pela Câmara de Vereadores. “Já tivemos sinal positivo tanto da administração quanto dos legisladores, agora estamos aguardando”, finaliza o presidente.

 

Fonte: http://www.redecomsc.com.br/2012/noticias/noticias/Polo_tecnologico_quer_1_5_da_receita__7152

Matéria na Integra no Diário do Iguaçu de 04/07/2013 pag. 13

Ernani Zottis Presidente Deatec