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Chapecó é destaque nacional no setor de TI e startups

A região oeste possui 11% das empresas de tecnologia da informação (TI) e é responsável por...

Notícia
20/08/2018 15:13
Deatec, deatec@deatec.org.br

A região oeste possui 11% das empresas de tecnologia da informação (TI) e é responsável por 8% do faturamento do Estado. É a segunda região que mais cresce, com índice de 9,6%, atrás apenas da região serrana. Os dados são da pesquisa desenvolvida pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) em parceria com a Neoway. No centro dessa região está Chapecó que mostra visível desenvolvimento do setor nos últimos anos, reflexo do crescimento das empresas de tecnologia e inovação e apoio do poder público, entidades e universidades.

O presidente da Associação Polo Tecnológico do Oeste Catarinense (Deatec), André Telöcken, ressalta a expansão do setor. O segmento movimenta universidades e o empreendedorismo, com empresas que comercializam produtos em todo o País, além de exportar, trazendo riqueza e contribuindo para o desenvolvimento do município. “O papel da Deatec nesse processo é facilitar o acesso a uma rede de recursos que de forma isolada o micro e pequeno empresário teria dificuldades para acessar. De acordo com ele, a estimativa para 2018 é encerar o ano com 120 empresas associadas à entidade, com 2,2 mil colaboradores e faturamento de R$ 110 milhões”.

Uma contribuição para o setor é a política municipal de incentivo à inovação com a criação do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Gerência de Tecnologia e Inovação. “Chapecó é um polo tecnológico reconhecido e, com sinergia entre o poder público, universidades e iniciativa privada – a chamada tríplice hélice – pode se desenvolver ainda mais”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Marcio Sander.

Um projeto que dará um salto de crescimento é o Condomínio Tecnológico. A ideia da construção surgiu em 2008 e a edificação será em uma área de 204 mil metros quadrados, doada pela prefeitura. “É uma área institucional que vai permitir que as empresas de tecnologia construam suas sedes e compartilhem recursos e espaços, otimizando investimentos e tempo. Acreditamos que nosso condomínio poderá ser um dos grandes propulsionadores dessa nova matriz econômica da região”, comenta o presidente da Deatec.

STARTUPS

Chapecó também figura entre as principais cidades do País com mais startups. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Chapecó está entre as 15 cidades brasileiras com o maior número de startups, ocupando a 13ª posição. A pesquisa também analisou as cidades brasileiras com maior densidade de startups, ou seja, aquelas que têm o maior número per capita desta modalidade empresarial. Chapecó está na segunda posição no ranking nacional, sendo a segunda cidade brasileira com mais startups proporcionalmente à população.

Para o diretor de Startups da Deatec, Rudinei Gerhart, iniciativas como essa pesquisa evidenciam o quanto esse setor está crescendo no Brasil e a importante participação de Santa Catarina nesse cenário. “Chapecó desponta como uma das maiores concentrações de startups em relação ao número de habitantes, isso só comprova o quanto mantemos a vocação do empreendedorismo”, reforça.

Além da Deatec, Chapecó conta hoje com outros auxílios às startups. As universidades oferecem apoio através das incubadoras e pré-incubadoras tecnológicas e outra possibilidade para é a aceleração. A 1Bi Capital, associada à Deatec, atua como aceleradora de startups e investidora anjo. “Trabalhamos com empresas inovadoras com bases tecnológicas, oportunizando estrutura física, capital e mentoria. A intenção é ajudar a startup a ir mais longe. Acreditamos que esse modelo de empresa tende a crescer muito, pois se propõe a resolver um problema de forma eficiente utilizando a tecnologia”, afirma o sócio da empresa, Andrei Bueno Sander.

Uma das startups aceleradas é a empresa de softwares Hub2b em que Ricardo Sponchiado e Sérgio Venicius Vanin são sócios. O sistema criado pela startup conecta lojistas aos sites de venda, centralizando a operação. “O software permite uma grande economia de tempo operacional. Em 2014 levamos a ideia para a incubadora da Unochapecó e depois entramos na aceleradora. Todo esse processo nos auxiliou muito na gestão, pois somos técnicos e tínhamos dificuldade em vender o produto”, declara Sponchiado. A empresa hoje possui 320 clientes em todo o Brasil.