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1º Deatec Summit oportuniza conhecimento e troca de experiências

Levar tecnologia e inovação para o setor de Recursos Humanos da empresa, tornando-o mais...

Notícia
31/05/2017 16:41
Deatec, deatec@deatec.org.br

Levar tecnologia e inovação para o setor de Recursos Humanos da empresa, tornando-o mais estratégico. Esse é o objetivo da gerente Joice Valare e da analista de RH Dionéia Spuldaro da Dipães Indústria de Pães de Paraíso/SC. Para aprimorar conhecimentos e se atualizar com as últimas tendências, elas participaram do 1º Deatec Summit, nessa terça-feira (30), em Chapecó. A iniciativa foi da Associação Polo Tecnológico do Oeste Catarinense (Deatec), com apoio institucional do Sicoob MaxiCrédito, Meu Plano, Unochapecó, Elo Ideias, PackID, Optidata e Acessoline.

“Estamos pensando em desenvolver um software. A meta é alinhar as estratégias do negócio com foco no desenvolvimento de pessoas. Uma das maneiras é criar uma ferramenta que vai gerenciar e medir os resultados”, relatou Joice. Para Dionéia, participar do Deatec Summit foi produtivo. “Precisamos ter mais oportunidades como essa. O evento foi muito bom e nos posicionou quanto às evoluções e tendências do momento no mercado”, frisou.

Os participantes assistiram palestras sobre segurança da informação, como transformar uma ideia em um negócio, empreendedorismo de alto impacto, computação em nuvem e inovação e desenvolvimento regional. O General Manager da AcessoLine Telecomunicações, advogado e especialista em Direito Digital, Fernando Mangold, abordou o tema “Aspectos legais da segurança da informação”. De acordo com ele, a segurança online depende de múltiplos fatores, como confidencialidade, armazenamento, processamento, tecnologias, políticas e procedimentos. “Porém, a maior proteção é por meio da conscientização. Sempre ouvimos orientações como ‘não abra a porta e não pegue carona com estranhos’, mas não ouvimos ninguém dizer não abra e-mail de estranhos, não esqueça de bloquear seu computador, cuidado com estranhos do outro lado da tela, não copie os dados alheios. Em casos de crimes online, o atacante procura primeiro por portas abertas, busca saber onde está a vulnerabilidade”, explicou Mangold.

O segundo tema do evento foi “Como transformar sua ideia em um negócio!”, com o sócio da empresa Elo Ideias e das startups Arcan Digital, Gustavo Dam, Aprova.ai, OnTalk e Tah Pronto, Gustavo Damschi. Segundo ele, o segredo para empreender é dedicação, trabalho, ter ideias e assumir riscos. Damschi deu dicas para identificar uma ideia, entre elas ter experiência de consumo, visualizar oportunidades nas crises, ficar atento às tendências e preferências da população, conversar com pessoas diferentes, visitar feiras, empresas, universidades, institutos de pesquisa, congressos, entre outros. “Informação é a base para novas ideias. Mas como saber se a minha é boa? Ela precisa resolver um problema, ter escalabilidade, baixo investimento para começar. É necessário materializar ao máximo o produto para mostrar ao público sua viabilidade”, expôs.

A engenheira de alimentos, mestranda em Tecnologia e Gestão da Inovação e sócia da PackID Soluções, Caroline Dallacorte, falou sobre “Startups #Empreendedorismo de alto impacto”. Ela esclareceu que são empresas com alta escalabilidade, ou seja, existem e crescem à velocidade da luz, com ou sem grandes investimentos em estrutura e mão de obra especializada. No Brasil, três a cada quatro brasileiros sonham em empreender. É a segunda maior taxa do mundo, mas apenas 9% se preparam para abrir seu negócio. “Inicie com o que você já tem experiência, comece pequeno, mas pense grande, não se prenda ao plano de negócios e procure investimentos e conselhos de quem tem mais experiência”, ressaltou Caroline. Existem 32 mil empresas de alto impacto no País (1% do total de empresas do Brasil) que são responsáveis por quase 50% dos novos empregos gerados. Essas empresas contratam, em média, 31,3 novos funcionários no ano.

Segundo Caroline, o primeiro passo para Chapecó se tornar um núcleo de desenvolvimento tecnológico é formar um ambiente que favoreça o surgimento de mais startups. “O município possui entidades de ensino, incubadoras, aceleradoras, programas de apoio e incentivo, recursos disponíveis e empreendedores, mas precisamos ainda disseminar a cultura do empreendedorismo e impulsionar a geração de novas empresas. Além de divulgar os cases de sucesso do município, encontrar meio de mantê-los em nosso ecossistema e instigar a criação de novos empreendimentos de alto impacto”, pontuou.

“A nuvem é para todos – saiba como crescer e economizar” foi o tema abordado pelo sócio-fundador e diretor da Optidata, Darlan Segalin. De acordo com ele, entre as vantagens da cloud computing estão a alta disponibilidade de sistemas, redução de custos, otimização, crescimento e pagamento conforme a demanda. Segalin apresentou inovações que serão impulsionadas pela computação em nuvem em 2017, migração de grande massa de dados e sistemas para nuvem e estudos de casos de como migrar os sistemas corporativos para nuvem. “2017 é considerado o ano da nuvem. Aplicativos corporativos estão convergindo dados para nuvem. Os custos, que são menores, estão viabilizando cada vez mais projetos”, frisou. Conforme Segalin, cinco inovações serão impulsionadas cloud computing neste ano: big data, internet das coisas, indústria 4.0, segurança digital e foco nos negócios.

O último tema do evento foi sobre “Inovação e desenvolvimento regional na era da produção inteligente” com o reitor da Unochapecó, Claudio Alcides Jacoski. A tendência, com a chamada indústria 4.0, é o crescimento da automatização dos processos e a retirada das pessoas das atividades laborais manuais. “Cada vez mais o ser humano precisa buscar conhecimento para se manter no mercado de trabalho. A região deve ter esse entendimento e formar pessoas com intelecto para suprir as necessidades desse novo momento”, destacou. Nesse sentido, as universidades e as instituições de ensino superior e técnico são agentes estruturantes do desenvolvimento regional, identificando as vocações locais. “Algumas ações podem ser propostas pelas universidades, como promover arranjos produtivos, fortalecer as cadeias produtivas, agregar valor aos produtos, incorporar tecnologia, melhorar a logística, promover o empreendedorismo, entre outras”, ressaltou.

Jacoski enfatizou que o município já possui um movimento para criar um ecossistema ligado à inovação, tendo a tríplice hélice (poder público, iniciativa privada e universidades atuando em conjunto) como modelo. “Ainda há o que se construir, mas muito já se avançou. Com a operacionalização do Parque Científico Chapecó@, o relacionamento evoluirá, pois fisicamente será possível conviver em um ambiente de criatividade, cultura empreendedora e geração de soluções inovadoras”, concluiu.

Após as palestras, houve um momento de confraternização e troca de experiências entre os participantes. De acordo com o presidente da Deatec, André Telöcken, além de proporcionar conhecimento, o 1º Deatec Summit teve por objetivo promover a integração do setor de tecnologia e inovação. “Com essa interação, novas ideias e negócios podem surgir, estimulando o crescimento e desenvolvimento do segmento em Chapecó e região”, finalizou.